Acoada,
Intrigada, a paz se ausenta,
Com o espirito torturado,
Pelos maus tratos persistentes.
São muitas as chicotadas,
Que cortam como navalha,
O corpo ferido sofre,
Com os açoites do chicote.
Sangra o coração,
Dores e decepções,
A alma abatida vacila,
Caindo de joelhos no chão.
Sofrendo a dor dos sofridos,
Pela opressão permitida
As lágrimas contidas não caem,
Se rende e não se defende mais.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
terça-feira, 29 de abril de 2014
POEIRA DO TEMPO
Era só uma flor,
Ao vento solta,
E uma linda folha,
Que o tempo secou.
Uma simples flor,
Que um dia perfumou,
E uma folha largada,
Que o vento levou.
Em pó transformadas,
Folha e flor
Agora poeira,
Que o vento soprou.
Ao vento solta,
E uma linda folha,
Que o tempo secou.
Uma simples flor,
Que um dia perfumou,
E uma folha largada,
Que o vento levou.
Em pó transformadas,
Folha e flor
Agora poeira,
Que o vento soprou.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
ENTRE GOLES E DOSES
Uma noite,
Um homem,
Uma vida,
Entre copos e bebidas,
Vive só e esquecido.
Uma madrugada,
Uma tristeza que lhe invade,
Para continuar existindo,
Embriaga-se, despedindo-se.
Feito inseto na noite,
vendo a luz se atrai,
No último voo,
Não volta jamais.
Morre a vontade de viver,
Sem mais amanhecer,
Vive só as madrugadas,
Dorme nas calçadas.
Vacilante, caminha,
Ninguém o socorre,
Entre goles e doses,
Toda noite morre.
Seu nome é solidão.
Perambula só.
Um ébrio perdido,
Um morto vivo.
Um homem,
Uma vida,
Entre copos e bebidas,
Vive só e esquecido.
Uma madrugada,
Uma tristeza que lhe invade,
Para continuar existindo,
Embriaga-se, despedindo-se.
Feito inseto na noite,
vendo a luz se atrai,
No último voo,
Não volta jamais.
Morre a vontade de viver,
Sem mais amanhecer,
Vive só as madrugadas,
Dorme nas calçadas.
Vacilante, caminha,
Ninguém o socorre,
Entre goles e doses,
Toda noite morre.
Seu nome é solidão.
Perambula só.
Um ébrio perdido,
Um morto vivo.
MISTERIOSO CAVALEIRO
Era de palha seu chapéu,
De prata suas esporas,
Cabelos ao vento,
Era um cavaleiro diferente.
Berrante na mão,
Como um lamento, tocou,
Parecia um grito,
De uma grande dor,
Seu olhar ao longe,
Dura expressão,
Em seu cavalo montou,
Partiu sem direção.
Nas campinas, seu vulto,
Mais parecia um clássíco,
Um exemplar que se expõe,
Em obras de arte.
Partiu como chegou,
Nada falou,
Em um lindo galope,
Foi e nunca mais voltou.
De prata suas esporas,
Cabelos ao vento,
Era um cavaleiro diferente.
Berrante na mão,
Como um lamento, tocou,
Parecia um grito,
De uma grande dor,
Seu olhar ao longe,
Dura expressão,
Em seu cavalo montou,
Partiu sem direção.
Nas campinas, seu vulto,
Mais parecia um clássíco,
Um exemplar que se expõe,
Em obras de arte.
Partiu como chegou,
Nada falou,
Em um lindo galope,
Foi e nunca mais voltou.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
PASSOS SEM RASTROS
Passos sem rastros me levam.
Em veredas e trilhas caminho.
Pisando, sem marcas, me afasto.
Não sabendo voltar, me distancio.
Passos sem rastros me separam
Do voltar ao meu mundo... me desvio.
Levando para longe o sorriso.
Esquecido, sinto-me perdido.
Nos passos indecisos prossigo
Para onde não sei e nem por quê.
Da vida, sinto não ter vivido
De tudo que sonhei viver.
Sem rastros, só passos me seguem.
No passo do passo consigo
Alcançar o desconhecido
Que, só a mim, é permitido
Como no rastros das ondas no mar
No céu os pássaros a voar;
Até mesmo no rastro do vento,
Sou passos sem rastros do tempo.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
ESTRADA DO QUE NÃO SEI
Nenhuma sandália nos pés.
Uma longa estrada me afasta.
Nas quatro luas de cada mês,
Nos desencontros não me acho.
Se é dia, o sol me castiga;
À noite, o vento maltrata;
E, na madrugada fria,
Repouso em seus braços o cansaço.
Sabendo que nas promessas
Que o tempo me prometeu
Moram o descumprir de tudo
Que a vida me ofereceu.
Confuso e descuidado,
Nos passos que não somei,
Nessa estrada que sigo
Persigo o que eu não sei.
Uma longa estrada me afasta.
Nas quatro luas de cada mês,
Nos desencontros não me acho.
Se é dia, o sol me castiga;
À noite, o vento maltrata;
E, na madrugada fria,
Repouso em seus braços o cansaço.
Sabendo que nas promessas
Que o tempo me prometeu
Moram o descumprir de tudo
Que a vida me ofereceu.
Confuso e descuidado,
Nos passos que não somei,
Nessa estrada que sigo
Persigo o que eu não sei.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
CADÊ
Procuro por toda parte.
Simplesmente não acho.
Não encontro, se esconde.
Sem saber como e para onde.
Eu quero o meu vestido
Colorido de chita,
Meu lacinho de fita.
Se sabe, então me diga.
Mãe, você
Que tudo diz saber,
Onde foi o meu mundo
Que, há muito, se perdeu
E, com você, desapareceu?
Onde fica o caminho
Que você chama de destino?
Persigo como um peregrino
O qual busco desde menina.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
ANÔNIMOS DA CRUCIFICAÇÃO
Sexta santa.
Julgado e condenado.
Paixão e morte.
Meu Jesus crucificado.
Tudo foi consumado.
Às vezes, fico pensando
Quem foi o artesão
Que, sem saber, construiu
A arma que rasgou
As carrnes do Nosso Senhor
Com as chibatadas que levou.
Quem era esse inocente?
Nunca imaginou;
Colheu da mata a madeira
E em uma cruz tranformou.
A mesma que um dia
Nosso Jesus carregou.
E no madeiro pesado;
Meu Jesus foi pregado;
O lenhador, com certeza,
Muito deve ter chorado.
Se soubesse, não teria
A cruz confeccionado.
Para tudo se cumprir,
Teve que um dia existir.
Muitos desses inocentes
Que, sem sabe,r participavam
E a Jesus condenavam.
Também fico a me perguntar:
Quem foi que semeou
O algodão que gerou
O pano que enxugou
O sangue feito suor
Que meu Senhor derramou?
Fico, às vezes, imaginando
Como foi triste de ver
O véu do templo rasgando,
O brado de Jesus ecoando
Os céus e a terra se abalando.
Mas sei que foi lindo assistir
Nosso Jesus ressuscitando
E, como era profecia,
A todos perdoando.
Julgado e condenado.
Paixão e morte.
Meu Jesus crucificado.
Tudo foi consumado.
Às vezes, fico pensando
Quem foi o artesão
Que, sem saber, construiu
A arma que rasgou
As carrnes do Nosso Senhor
Com as chibatadas que levou.
Quem era esse inocente?
Nunca imaginou;
Colheu da mata a madeira
E em uma cruz tranformou.
A mesma que um dia
Nosso Jesus carregou.
E no madeiro pesado;
Meu Jesus foi pregado;
O lenhador, com certeza,
Muito deve ter chorado.
Se soubesse, não teria
A cruz confeccionado.
Para tudo se cumprir,
Teve que um dia existir.
Muitos desses inocentes
Que, sem sabe,r participavam
E a Jesus condenavam.
Também fico a me perguntar:
Quem foi que semeou
O algodão que gerou
O pano que enxugou
O sangue feito suor
Que meu Senhor derramou?
Fico, às vezes, imaginando
Como foi triste de ver
O véu do templo rasgando,
O brado de Jesus ecoando
Os céus e a terra se abalando.
Mas sei que foi lindo assistir
Nosso Jesus ressuscitando
E, como era profecia,
A todos perdoando.
terça-feira, 15 de abril de 2014
BOM DIA TRISTEZA
Bom dia tristeza.
Perdoe-me,
Podes ir embora.
Não tem quarto reservado,
Estão todos ocupados.
Porém, fiques à vontade.
Foi descuido do sentimento,
Por apenas um momento,
Que a alegria, descontente,
Adormerceu simplesmente.
Só chorou por um instante;
Se entregou ao desengano.
A felicidade agora acorda,
Te dispensa e manda embora.
Não precisas mais voltar.
Só se for para comprovar
Que a alegria faz parte,
Do meu lindo dia a dia.
Tristeza,
O meu coração
Vive cheio de perdão.
Não preciso ficar triste.
Tudo em mim é gratidão.
Perdoe-me,
Podes ir embora.
Não tem quarto reservado,
Estão todos ocupados.
Porém, fiques à vontade.
Foi descuido do sentimento,
Por apenas um momento,
Que a alegria, descontente,
Adormerceu simplesmente.
Só chorou por um instante;
Se entregou ao desengano.
A felicidade agora acorda,
Te dispensa e manda embora.
Não precisas mais voltar.
Só se for para comprovar
Que a alegria faz parte,
Do meu lindo dia a dia.
Tristeza,
O meu coração
Vive cheio de perdão.
Não preciso ficar triste.
Tudo em mim é gratidão.
sábado, 5 de abril de 2014
CHUVA FRIA
Noite fria.
Um abril molhado;
Chuva fina,
Uma cortina de vidro,
Separando da chuva,
Agasalha do frio.
Pela vidraça se vê,
Descobrindo caminhos,
A chuva caindo,
Chorando por você.
Tímida chuva
Escorre mansinha.
Cortina de lágrimas,
Fria companhia.
Um abril molhado;
Chuva fina,
Uma cortina de vidro,
Separando da chuva,
Agasalha do frio.
Pela vidraça se vê,
Descobrindo caminhos,
A chuva caindo,
Chorando por você.
Tímida chuva
Escorre mansinha.
Cortina de lágrimas,
Fria companhia.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
CONTA-GOTAS DO TEMPO
Vem sonhar o sonho
No conta-gotas do tempo
Para não perder nenhum pingo
Do despertar para sempre.
No caminhar sonhado
Marcado com a saudade
Começa e se encerra
Nas chegadas e partidas,
Em séries repetidas.
Feito estrelas cadentes,
Na corrida da vida,
No tempo que pinga,
O sonho se realiza.
O tempo sempre Senhor,
Controlador de tudo
Mesmo em conta-gotas
Pinga sonhos
Pinga vida.
No conta-gotas do tempo
Para não perder nenhum pingo
Do despertar para sempre.
No caminhar sonhado
Marcado com a saudade
Começa e se encerra
Nas chegadas e partidas,
Em séries repetidas.
Feito estrelas cadentes,
Na corrida da vida,
No tempo que pinga,
O sonho se realiza.
O tempo sempre Senhor,
Controlador de tudo
Mesmo em conta-gotas
Pinga sonhos
Pinga vida.
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