Chove na terra seca que há tempo estava.
Um ventre que sem chuva desidratava.
Chove muita chuva atrasada
Nas terras secas, agora molhadas.
Chuva que amacia o chão duro de barro,
Fazendo brilhar a terra com gotas douradas,
Dando cor ao serrado que, há muito desenganado,
Vestia-se de cinza, uma mortalha usava,
Chuva que dissolve os torrões nas encostas;
Que desmancha o barro que pinta a tela
De uma linda paisagem autografando o quadro,
Assinando a arte no meu serrado.
Barro que colore com grande magia,
Trazendo sua cor e apagando o cinza,
Realçando o verde nas campinas lindas.
Que se balançam ao vento como bailarinas.
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