Uma estrada comprida
Com uma estreita saída
Uma parada na esquina
Na velha estrada da vida
Um viajante aguarda
Desembarcar na velha estação
Sonhos divididos no tempo
Na estrada esquecida
Solitário viaja
No expresso esperança
Segue o viajante.
Na estrada distante
I
terça-feira, 31 de março de 2015
domingo, 29 de março de 2015
ACAUÃ
Cantando o acauã nas grotas,
Canta nas estreitas tocas
Porque a chuva se foi
E tão cedo não volta.
Cantando, o acauã anuncia
Que a chuva já partiu há dias
E, sem nenhum adeus,
Se foi sem despedir-se dos seus.
Até a asa branca
Asas já bateu.
Uira jeropari domina,
Fazendo seu território sem rima,
Em uma canção de mandinga,
Asa branca já se foi.
Ficando só o acauã,
Que canta e a chuva espanta.
Canta nas estreitas tocas
Porque a chuva se foi
E tão cedo não volta.
Cantando, o acauã anuncia
Que a chuva já partiu há dias
E, sem nenhum adeus,
Se foi sem despedir-se dos seus.
Até a asa branca
Asas já bateu.
Uira jeropari domina,
Fazendo seu território sem rima,
Em uma canção de mandinga,
Asa branca já se foi.
Ficando só o acauã,
Que canta e a chuva espanta.
domingo, 22 de março de 2015
PORÇÃO DO AMOR
Um dia acordei chorando
Mas, no outro dia acordei sorrindo
Misturei ao riso anseios de viver
No choro espantei os grandes pesadelos
Que poderia ter
Se eu dormir agora vou acordar cantando
Vou sonhar contigo e acordar sonhando
Não quero despertar para poder viver
Quero me embalar em todos os desejos
Que eu sinto de você
Pode até chover quando eu estiver dormindo
Pode de manhã o sol me acordar com brilho
Mas se eu chorar quero que me ames
Para eu despertar sorrindo e cantando
Se o choro doer até eu não aguentar
Traga-me depressa o seu lindo olhar
Quero dessa porção me alimentar
Mesmo que dormindo eu possa sonhar chorando
Posso despertar para você cantando.
Mas, no outro dia acordei sorrindo
Misturei ao riso anseios de viver
No choro espantei os grandes pesadelos
Que poderia ter
Se eu dormir agora vou acordar cantando
Vou sonhar contigo e acordar sonhando
Não quero despertar para poder viver
Quero me embalar em todos os desejos
Que eu sinto de você
Pode até chover quando eu estiver dormindo
Pode de manhã o sol me acordar com brilho
Mas se eu chorar quero que me ames
Para eu despertar sorrindo e cantando
Se o choro doer até eu não aguentar
Traga-me depressa o seu lindo olhar
Quero dessa porção me alimentar
Mesmo que dormindo eu possa sonhar chorando
Posso despertar para você cantando.
sábado, 21 de março de 2015
TELA MOLHADA COM TINTA DE BARRO
Chove na terra seca que há tempo estava.
Um ventre que sem chuva desidratava.
Chove muita chuva atrasada
Nas terras secas, agora molhadas.
Chuva que amacia o chão duro de barro,
Fazendo brilhar a terra com gotas douradas,
Dando cor ao serrado que, há muito desenganado,
Vestia-se de cinza, uma mortalha usava,
Chuva que dissolve os torrões nas encostas;
Que desmancha o barro que pinta a tela
De uma linda paisagem autografando o quadro,
Assinando a arte no meu serrado.
Barro que colore com grande magia,
Trazendo sua cor e apagando o cinza,
Realçando o verde nas campinas lindas.
Que se balançam ao vento como bailarinas.
Um ventre que sem chuva desidratava.
Chove muita chuva atrasada
Nas terras secas, agora molhadas.
Chuva que amacia o chão duro de barro,
Fazendo brilhar a terra com gotas douradas,
Dando cor ao serrado que, há muito desenganado,
Vestia-se de cinza, uma mortalha usava,
Chuva que dissolve os torrões nas encostas;
Que desmancha o barro que pinta a tela
De uma linda paisagem autografando o quadro,
Assinando a arte no meu serrado.
Barro que colore com grande magia,
Trazendo sua cor e apagando o cinza,
Realçando o verde nas campinas lindas.
Que se balançam ao vento como bailarinas.
sexta-feira, 20 de março de 2015
MEDOS E SEGREDOS
Com a suavidade que desconhece ter,
Por baixo de uma força que não sabe possuir,
Capaz de viver e entender o amor.
Sonha sozinho sem encontrar o caminho
Sem placas de avisos, prossegues
Silencioso te escondes nas tuas razões
Blindaram teus medos cheios de segredos
Uma couraça o protege e sorrateiro segue
Se esgueirando nos desvios
Cauteloso te mostras novamente
Nos acostamentos estás sempre presente
A vida te leva e a ela te entrega
Um dia descobrirás o porquê disso tudo
Porque a trilha se alonga para o mundo
Se tudo na vida nada é por acaso
Tudo faz parte de um acordo firmado
Junto ao destino já outrora assinado
Por baixo de uma força que não sabe possuir,
Capaz de viver e entender o amor.
Sonha sozinho sem encontrar o caminho
Sem placas de avisos, prossegues
Silencioso te escondes nas tuas razões
Blindaram teus medos cheios de segredos
Uma couraça o protege e sorrateiro segue
Se esgueirando nos desvios
Cauteloso te mostras novamente
Nos acostamentos estás sempre presente
A vida te leva e a ela te entrega
Um dia descobrirás o porquê disso tudo
Porque a trilha se alonga para o mundo
Se tudo na vida nada é por acaso
Tudo faz parte de um acordo firmado
Junto ao destino já outrora assinado
COMO UM CLANDESTINO EU SIGO
Não te espantes vida da minha vida
Se eu chegar de repente sem te avisar
E de mansinho invadir o teu quarto
Para em teus braços a saudade matar
Trarei na bagagem todas as lembranças
Que guardadas estão na mala do tempo
Descobrir que voltando terei felicidade
Pois sem ti estou morrendo de saudades
Igual a um clandestino
Arrependido sigo
Sem você comigo
Hoje depois de dar voltas ao mundo
Descobrir o caminho de volta para casa
E no expresso do tempo
Definitivamente regresso
E ficarei para sempre ao teu lado .
sábado, 14 de março de 2015
PORTAL DE SENTIMENTOS
Portal de Sentimentos
Que escreve momentos
Escritos passam a ser lidos
E depois sentidos
Janela escancarada
Diário de palavras
Registros de vidas
Histórias não esquecidas
Confidente do amor
Conselheiro da dor
Confessionário sacramentado
Dos corações necessitados
Portal de Sentimentos
Porta que não se fecha
Com poemas se completa
Uma porta sempre aberta.
Que escreve momentos
Escritos passam a ser lidos
E depois sentidos
Janela escancarada
Diário de palavras
Registros de vidas
Histórias não esquecidas
Confidente do amor
Conselheiro da dor
Confessionário sacramentado
Dos corações necessitados
Portal de Sentimentos
Porta que não se fecha
Com poemas se completa
Uma porta sempre aberta.
sexta-feira, 13 de março de 2015
O ELO PERDIDO DO INCONSCIENTE
Caligrafias embaralhadas.
Assim como confusos os sentimentos;
Como um cisne em uma ninhada de patos,
Não entendendo nada e se achando sem graça.
Assim estou eu no meio desse deserto
Sem saber ao certo para onde ir.
Me sentido como um solitário beduíno,
Morrendo de sede no mundo do sem fim.
Gritei bem alto para alguém me ouvir.
Nada e nem ninguém deu ouvidos a mim.
Perdendo a voz no deserto do silêncio,
Fico mudo e surdo nesse mundo absurdo.
Bem que eu queria dar cor ao invisível
Para descobrir o que não foi permitido.
Trazer de volta o elo perdido.
E conhecer o desconhecido.
Assim como confusos os sentimentos;
Como um cisne em uma ninhada de patos,
Não entendendo nada e se achando sem graça.
Assim estou eu no meio desse deserto
Sem saber ao certo para onde ir.
Me sentido como um solitário beduíno,
Morrendo de sede no mundo do sem fim.
Gritei bem alto para alguém me ouvir.
Nada e nem ninguém deu ouvidos a mim.
Perdendo a voz no deserto do silêncio,
Fico mudo e surdo nesse mundo absurdo.
Bem que eu queria dar cor ao invisível
Para descobrir o que não foi permitido.
Trazer de volta o elo perdido.
E conhecer o desconhecido.
domingo, 8 de março de 2015
FEITO UM D.QUIXOTE EU SIGO
Amanheceu
O sol chegou e com o seu clarão me despertou
Me convidando para mais um grande dia
De muitos desafios
Abro a janela e olho o mundo fora do meu quarto
Sinto que é uma repetição de fato
De todos os outros dias de batalha
Que desafiei e só ganhei cansaço
Então logo já é noite de novo
Me fecho no meu mundo e me sinto solto
Entre quatro paredes no meu quarto eu me declaro livre
E escrevo todos os meus sentidos
Longa é a madrugada
A luz do candeeiro está quase apagada
E eu ainda acordado escrevo
No meu diário ficam meus relatos e desejos
Feito um Dom Quixote espero um novo sol
Para mais um dia de rotina
E sigo ...
O sol chegou e com o seu clarão me despertou
Me convidando para mais um grande dia
De muitos desafios
Abro a janela e olho o mundo fora do meu quarto
Sinto que é uma repetição de fato
De todos os outros dias de batalha
Que desafiei e só ganhei cansaço
Então logo já é noite de novo
Me fecho no meu mundo e me sinto solto
Entre quatro paredes no meu quarto eu me declaro livre
E escrevo todos os meus sentidos
Longa é a madrugada
A luz do candeeiro está quase apagada
E eu ainda acordado escrevo
No meu diário ficam meus relatos e desejos
Feito um Dom Quixote espero um novo sol
Para mais um dia de rotina
E sigo ...
sábado, 7 de março de 2015
VAI E VEM
Parti
Sofri e senti
Segui sem querer
Sem perceber prossegui
Esperei e desfiz
De tudo que vivi
Lembranças e saudades
Sentimentos sem graça
Sozinho caminho
Simplesmente vazio
Voltei
Cheguei
Enfim !
Voltei para mim
.
Sofri e senti
Segui sem querer
Sem perceber prossegui
Esperei e desfiz
De tudo que vivi
Lembranças e saudades
Sentimentos sem graça
Sozinho caminho
Simplesmente vazio
Voltei
Cheguei
Enfim !
Voltei para mim
.
MUNDO CONFUSO
Sem o poder da ação
Sem opções
Ficam as intenções
Mundo de desilusões
Cheios de frustrações
Mundo sem rumo
Que muito confunde
Quisera poder criar
Um mundo sem violência
Quisera poder viver
Sem lágrimas de sofrimentos
E nele fazer crescer
Uma geração de amor
Sem nenhum dissabor
Quisera
Poder ter tempo
De assistir bem de perto
Esse mundo dar certo
Quisera.
A FORÇA DO AMOR
Lá muito além do distante horizonte
Bem mais alto que a mais alta nuvem
Até no mais profundo dos mares
Te seguirei sempre te amando
Porque criarei asas, para que eu voe contigo
Buscarei fôlego para nadar sem temer o perigo
Se preciso até pelo avesso eu me viro
Te amando até o infinito eu te sigo
Pegarei carona no vento que me levará
Surfarei nos mais encapelados mares
Não temerei e nunca desistirei de ficar contigo
Sempre estarei ao teu lado cada vez mais apaixonado
Não morrerei
Porque preciso está vivo
Para viver o milagre da vida contigo
Pois se morresse nada mais teria sentido.
Bem mais alto que a mais alta nuvem
Até no mais profundo dos mares
Te seguirei sempre te amando
Porque criarei asas, para que eu voe contigo
Buscarei fôlego para nadar sem temer o perigo
Se preciso até pelo avesso eu me viro
Te amando até o infinito eu te sigo
Pegarei carona no vento que me levará
Surfarei nos mais encapelados mares
Não temerei e nunca desistirei de ficar contigo
Sempre estarei ao teu lado cada vez mais apaixonado
Não morrerei
Porque preciso está vivo
Para viver o milagre da vida contigo
Pois se morresse nada mais teria sentido.
sexta-feira, 6 de março de 2015
PERDIDO NA NOITE
Uma mesa, uma música e um perfume
Uma vida de lembranças esquecidas
Renascidas em um copo de bebida
Um amor, que hoje se encontra perdido
Uma lágrima que escorre como ácido
Que queima e me arranca um pedaço
Um garçom que me serve sem saber
Que estou morrendo de saudades de você
Um relógio que não para de correr
Um ponteiro que me faz sofrer
Mais parece um coração acelerado
Machucando esse pobre coitado
Mais uma noite em uma mesa de um bar
Muitos risos mas estou a chorar
Solitário curto minha solidão
No meio a uma grande multidão
Sou um fantoche que a noite me consola
Me afogando de bebidas toda hora
Morro aos poucos por ter sido desprezado
Sentindo falta de um amor que foi embora.
Uma vida de lembranças esquecidas
Renascidas em um copo de bebida
Um amor, que hoje se encontra perdido
Uma lágrima que escorre como ácido
Que queima e me arranca um pedaço
Um garçom que me serve sem saber
Que estou morrendo de saudades de você
Um relógio que não para de correr
Um ponteiro que me faz sofrer
Mais parece um coração acelerado
Machucando esse pobre coitado
Mais uma noite em uma mesa de um bar
Muitos risos mas estou a chorar
Solitário curto minha solidão
No meio a uma grande multidão
Sou um fantoche que a noite me consola
Me afogando de bebidas toda hora
Morro aos poucos por ter sido desprezado
Sentindo falta de um amor que foi embora.
quinta-feira, 5 de março de 2015
SOLTO NO SONHO
Um dia a nuvem se formou;
Escondeu o sol como um cobertor.
Por um momento, tudo escureceu
E, docilmente, o sol adormeceu.
Tal qual a nuvem fez com o sol,
Repetiu comigo.
Deixando-me escondido
Por baixo do lençol.
Essa mesma nuvem
Soltou a inspiração
E, no cobertor do sonho,
Deu asas à imaginação.
Na força dessa emoção,
Conheci caminhos
Bem desconhecidos.
E, nesse sentimento
Solto no sonho,
Desnudei o tempo.
Escondeu o sol como um cobertor.
Por um momento, tudo escureceu
E, docilmente, o sol adormeceu.
Tal qual a nuvem fez com o sol,
Repetiu comigo.
Deixando-me escondido
Por baixo do lençol.
Essa mesma nuvem
Soltou a inspiração
E, no cobertor do sonho,
Deu asas à imaginação.
Na força dessa emoção,
Conheci caminhos
Bem desconhecidos.
E, nesse sentimento
Solto no sonho,
Desnudei o tempo.
EU PRECISO DE TI
Deixa eu ir
Deixa que eu vá
Deixa eu seguir
Em busca de mim
Deixa que eu descubra
Que sem ti eu morro
E que muito chore
Depois de ir embora .
Tem mundo lá fora,
Deixa eu que vá
Que sofra de saudades
Por te abandonar
Deixa eu pedir
Só não deixa eu sair
Preciso de mim
Mas preciso muito mais de ti.
Deixa que eu vá
Deixa eu seguir
Em busca de mim
Deixa que eu descubra
Que sem ti eu morro
E que muito chore
Depois de ir embora .
Tem mundo lá fora,
Deixa eu que vá
Que sofra de saudades
Por te abandonar
Deixa eu pedir
Só não deixa eu sair
Preciso de mim
Mas preciso muito mais de ti.
CHÃO DE AREIA
No campo meu chão é de areia
Caminho sempre descalço
Ouço a viola tocar
Colho frutos do mato
E desfruto com os pássaros
É tudo muito bonito
Poder viver tudo isto
Beber água da cacimba
E se banhar da nascente
Desse manancial de água benta
A casa é muito pequena
Mais é lá que eu me acho
O campo é na verdade
Meu reino encantado
A vida aqui não tem pressa
É devagar que ela passa
Caminho sempre descalço
Ouço a viola tocar
Colho frutos do mato
E desfruto com os pássaros
É tudo muito bonito
Poder viver tudo isto
Beber água da cacimba
E se banhar da nascente
Desse manancial de água benta
A casa é muito pequena
Mais é lá que eu me acho
O campo é na verdade
Meu reino encantado
A vida aqui não tem pressa
É devagar que ela passa
domingo, 1 de março de 2015
HOJE ACORDEI DOENDO
Hoje acordei chorando
Acordei doendo
Sofrendo
Era um dia azul
Mais eu o vi chovendo
Como em um filme
Não me sentia em mim
Hoje senti tristeza
Sem saber porquê
Me senti perdida
Sem me reconhecer
Hoje foi diferente
Não me senti contente
Tinha algo estranho
Meio inconsciente
Hoje senti saudade da felicidade
Foi só por um momento esse sofrimento
Como se tivesse tudo acabado
Não entendia nada .
Acordei doendo
Sofrendo
Era um dia azul
Mais eu o vi chovendo
Como em um filme
Não me sentia em mim
Hoje senti tristeza
Sem saber porquê
Me senti perdida
Sem me reconhecer
Hoje foi diferente
Não me senti contente
Tinha algo estranho
Meio inconsciente
Hoje senti saudade da felicidade
Foi só por um momento esse sofrimento
Como se tivesse tudo acabado
Não entendia nada .
LUZ DE PRATA
Amanheceu
Depois de uma noite longa de chuva
Acordar é renascer
Um começar de um dia
Que foi interrompido
Por uma noite fria
Fria madrugada
Noites de sonhos assombrados
Já é de manhã e raiou o dia
Sem a sombra de uma noite cheia de desafios
Brilhante como a estrela guia
Sem a escuridão que assombrou o quarto
Passada a noite, agora só a prata
Da luz que mais uma vez renasce
Trazendo na luz a alegria
E eu me acho.
Depois de uma noite longa de chuva
Acordar é renascer
Um começar de um dia
Que foi interrompido
Por uma noite fria
Fria madrugada
Noites de sonhos assombrados
Já é de manhã e raiou o dia
Sem a sombra de uma noite cheia de desafios
Brilhante como a estrela guia
Sem a escuridão que assombrou o quarto
Passada a noite, agora só a prata
Da luz que mais uma vez renasce
Trazendo na luz a alegria
E eu me acho.
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