segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

DESERTO DE UM HOMEM

É noite e um homem caminha só
No meio da imensidão de tudo
Não encontra companhia
Nem a si mesmo conhece
E perece

Está quente
Mais ele é frio
Como frio o seu coração
Uma sombra noturna
Feito assombração

Um homem
Que no universo de tudo
Nada sente
Vivendo solitário segue
E si persegue

Um estranho
Peregrinando envelhece
Não se reconhece
No tudo que o cerca
Se perde






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