terça-feira, 2 de dezembro de 2014

AGUAS VIVAS DO VENTRE

Onde correm as aguas
Que romperam a bolsa
Dando-me passagem 
Para esse mundo tosco ?

Será que encontraram um rio
Em busca de um mar
Ou se tornaram fonte
De terra distante
Em algum lugar?

Mais se de repente
Virou cachoeira
Numa rocha bruta
Desliza absoluta!

Foi essa agua viva
Que rompeu o útero
E me agasalhou
Durante nove meses
No ventre da mulher
Que me amamentou.





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