Serra, serrote,
Serrado do meu sertão;
Chapéu de couro pendurado;
Casaco suado, jogado ao chão;
Despida a caatinga chora;
Vestidos, só espinhos afiados;
Sem frutos, sem flores e sem folhagem.
Chão rachado de barro pelo sol torrado.
Serra, serrote e serrado,
Terra valente sem arados;
A jurema ainda de pé implora
Para o solo se tornar molhado.
Os animais desfalecendo,
Vivem sempre a procura,
Sobrevivendo da casca de pau,
Escapa da fome que muito tortura.
Pastoreando sem desanimar,
O sertanejo confia e espera
Pingos de vida, gotas de chuva,
Campo verdinho e viver sem secura.
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