Lampião empoeirado, esquecido pelo tempo,
Amassado e largado, só de lembranças sustentado.
Lampião sofrido, descartado no porão,
Pelo tempo abandonado, sofre de solidão.
Lampião que alumiava as noites de escuridão
Acompanhava a sinhazinha que sempre se escondia,
Na calada das noites, de casa se ausentava
Para trair nas vinhas.
Nas noites escuras,
Parceiro da sinhá,
No momento de fraquezas,
companheiro de aventuras.
Feito mariposa a sinhá,
Como um fantasma, caminhava.
Enquanto o senhor da vinha dormia,
A sinhá o traia.
Lampião abandonado.
Como as lembranças da sinhá.
Muito tempo se passou.
Da sinhá só lembrança restou.
E um lampião largado,empoeirado e sozinho,
No porão ficou.
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