Somos painéis do nosso próprio tempo
Um livro desencapado e amarelado pela consciência
Um diário vivo de histórias em um memorial de momentos
Nos quais expomos sentimentos na galeria da vida simplesmente
Por todos os lados encontramos grandes acervos
Esquecidos os visitantes não os enxergam mesmo estando exibidos
Assim como todos na galeria da vida somos obras explícitas
Na verdade anônimos somos, nos expondo à críticas
Na exposição nos entregamos as ordens do destino
Na maioria das vezes injusto, nos impõe desafios
Nos dando como ferramenta só a moldura do tempo
Um painel velho e inacabado para pincelarmos nossos momentos
Assim no vazio desenhamos em cada dia uma obra
Juntas formamos uma coleção de sentimentos
Registros carimbados que na memória ficam para sempre
Projetando nós mesmos nos desenhados do que vivemos
A arte de viver é a mais difícil das artes
Poderia ser a mais simples no mundo
Se o amor fosse o único pincel escolhido
E a tinta somente lágrimas de alegria expelida
Pintando só os momentos felizes de nossas vidas.
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