quarta-feira, 29 de abril de 2015

NO ACOSTAMENTO DA VIDA

No acostamento da vida abandonado
Noite alta e um vulto  caminha
Tudo é  tristeza e a solidão  o vigia
Solitário sem rumo segue seu mundo

Cidade estranha sem porteira sem trancas
Alta madrugada já muito cansado
Em um banco de praça  desgraçado se deita
Amargurado nos bancos da vida  descansa
Em nada satisfeito despercebido se ajeita

Acorda e não sabe para onde ir
Também não se importa sua casa é ali
Sua sala é a praça  sua cama um banco
Seu futuro é cego e  incerto para seguir

Anjo ou demônios o destino dirá
No que um dia ele se transformará
No banco da praça ele vive sem graça
Sua casa é aberta para quem quiser morar

Sem opção vive no acostamento do mundo
Invisível  desfila na passarela da vida
Mais um excluído no mundo perdido
Solitário caminha como andarilho






Nenhum comentário:

Postar um comentário