Na juventude joguei
Nos amores apostei
Na vida sonhei
No sonho ganhei.
Na velhice aprendi
A caminhar devagar
Que a pressa traz cansaço
Sou lento, não fraco.
A visao já encurtou
O pensamento ao contrário
Mas ousado e preparado
São méritos da idade.
Da juventude só restaram
Muitas lembranças
Foi o saldo
Para a velhice o conforto
Saber que se viveu pouco.
domingo, 30 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
VOLTANDO PARA CASA.
Andei por longos anos
caminhei por muitas estradas
Em algum lugar estampada
Uma placa que indicava
Retorno para casa.
Chegando ao ponto de partida
Tudo que deixei se encontrava
As lágrimas começaram a cair
Voltei e não mais vou partir.
Da porta me aproximei
Parado fiquei a olhar
O velho retrato na parede
Como se estivesse a me esperar
Desbotado como eu
O quadro se mostrava
Contador dos muitos anos
Que nos manteve separados
No canto da sala uma viola
Ainda com suas cordas quebradas
Com certeza a minha espera
De saudades se alimentava.
Tinha um cheiro de fogão
Que das trempas queimada exalavam
Um cheirinho de feijão
Que ali se cozinhava
Esperei no pé da porta
Um convite para entrar
Nada aconteceu
Ficando eu a esperar
Olhei novamente a moldura
Com lágrimas a derramar
Olhando o quadro que mais parecia
Com a imagem de uma rainha.
Calmamente eu entrei
Pertinho dele fiquei
Vacilei quase cair
Acho até que desmaiei
Já quase recuperado
Feito estátua parado
Olhando aquela deusa
Que um dia abandonei.
Sair bem devagar
Na varanda me sentei
Respirei fundo e pensei
Que não devia mais entrar.
Quando de repente um grito
Barulhos de crianças
Pareciam divertindo-se
Eram duas flores do campo.
Por traz de uma caibreira
Surgiu uma linda mulher
Mesmo maltratada pelo tempo
Sua beleza era presente.
Quando ela me avistou
Espanto algum demonstrou
Perguntou-me suavemente,
Porque tanto se demorou?
Te espero a cinco anos
Nunca minha esperança acabou.
Tremendo a admirar,
Aquele amor que um dia
Não sei se por ironia
Não me deixou ficar.
Desviei a atenção
Para as meninas a brincar,
Elas tinham os mesmos rostos
Era de se admirar
Não existia diferença
Que se pudesse notar
E olhando-me sorria
Essa deusa me falou,
São gêmeas percebeu?
Foi voce que me deu.
Quando me abandonou,
Também me presenteou.
De felicidade quase morri,
Foi quando ela me beijou,
Chamando as lindas meninas,
Dizendo papai chegou.
E baixinho no meu ouvido
Com ternura sussurrou
Obrigada por ter voltado
Meu eterno grande amor.
.
,
caminhei por muitas estradas
Em algum lugar estampada
Uma placa que indicava
Retorno para casa.
Chegando ao ponto de partida
Tudo que deixei se encontrava
As lágrimas começaram a cair
Voltei e não mais vou partir.
Da porta me aproximei
Parado fiquei a olhar
O velho retrato na parede
Como se estivesse a me esperar
Desbotado como eu
O quadro se mostrava
Contador dos muitos anos
Que nos manteve separados
No canto da sala uma viola
Ainda com suas cordas quebradas
Com certeza a minha espera
De saudades se alimentava.
Tinha um cheiro de fogão
Que das trempas queimada exalavam
Um cheirinho de feijão
Que ali se cozinhava
Esperei no pé da porta
Um convite para entrar
Nada aconteceu
Ficando eu a esperar
Olhei novamente a moldura
Com lágrimas a derramar
Olhando o quadro que mais parecia
Com a imagem de uma rainha.
Calmamente eu entrei
Pertinho dele fiquei
Vacilei quase cair
Acho até que desmaiei
Já quase recuperado
Feito estátua parado
Olhando aquela deusa
Que um dia abandonei.
Sair bem devagar
Na varanda me sentei
Respirei fundo e pensei
Que não devia mais entrar.
Quando de repente um grito
Barulhos de crianças
Pareciam divertindo-se
Eram duas flores do campo.
Por traz de uma caibreira
Surgiu uma linda mulher
Mesmo maltratada pelo tempo
Sua beleza era presente.
Quando ela me avistou
Espanto algum demonstrou
Perguntou-me suavemente,
Porque tanto se demorou?
Te espero a cinco anos
Nunca minha esperança acabou.
Tremendo a admirar,
Aquele amor que um dia
Não sei se por ironia
Não me deixou ficar.
Desviei a atenção
Para as meninas a brincar,
Elas tinham os mesmos rostos
Era de se admirar
Não existia diferença
Que se pudesse notar
E olhando-me sorria
Essa deusa me falou,
São gêmeas percebeu?
Foi voce que me deu.
Quando me abandonou,
Também me presenteou.
De felicidade quase morri,
Foi quando ela me beijou,
Chamando as lindas meninas,
Dizendo papai chegou.
E baixinho no meu ouvido
Com ternura sussurrou
Obrigada por ter voltado
Meu eterno grande amor.
.
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domingo, 23 de março de 2014
TRISTE LINDA MANHÃ
É uma manhã ensolarada,
A noite passou e também a madrugada,
No peito uma tristeza me invade,
Suplício de uma vida amargurada.
É um lindo amanhecer triste,
Daquela tristeza que doi e não passa,
Com vontade de chover eu fico,
Insiste, resiste e muito maltrata.
Melancolia no peito.
Chegou e tomou todo meu ser,
Se apossou do meu amanhecer,
Fazendo o dia triste de viver.
Me encosto no padecer,
Nessa tristeza que faz enlouquecer,
Abalando toda estrutura,
Me rendo, me entrego com muita amargura..
Um triste lindo dia,
Chuva de pranto que cai,
Chuva de lágrimas que traz,
Soro da vida que se vai.
A noite passou e também a madrugada,
No peito uma tristeza me invade,
Suplício de uma vida amargurada.
É um lindo amanhecer triste,
Daquela tristeza que doi e não passa,
Com vontade de chover eu fico,
Insiste, resiste e muito maltrata.
Melancolia no peito.
Chegou e tomou todo meu ser,
Se apossou do meu amanhecer,
Fazendo o dia triste de viver.
Me encosto no padecer,
Nessa tristeza que faz enlouquecer,
Abalando toda estrutura,
Me rendo, me entrego com muita amargura..
Um triste lindo dia,
Chuva de pranto que cai,
Chuva de lágrimas que traz,
Soro da vida que se vai.
terça-feira, 18 de março de 2014
PERFUME DAS FOLHAS
Que importa se só folhas restaram,
Não são flores , mais tambem perfumam,
Saram feridas pelo tempo deixadas,
Aquecendo sentimentos,
Como aos passáros suas penas.
Sei que na vida nem tudo são flores,
E nem qual estação eu vou te encontrar
Se for no inverno me aqueça em seu ninho
Aguardando a primavera com suas cores chegar.
Se uma canção me lembra você,
Volto ao jardim e começo a sonhar,
Sinto nas folhas o mesmo perfume,
Como se voce acabasse de voltar.
Não são flores , mais tambem perfumam,
Saram feridas pelo tempo deixadas,
Aquecendo sentimentos,
Como aos passáros suas penas.
Sei que na vida nem tudo são flores,
E nem qual estação eu vou te encontrar
Se for no inverno me aqueça em seu ninho
Aguardando a primavera com suas cores chegar.
Se uma canção me lembra você,
Volto ao jardim e começo a sonhar,
Sinto nas folhas o mesmo perfume,
Como se voce acabasse de voltar.
SOZINHO
Sozinho no seu mundo,
Que só ele conhece,
Sem qualquer companhia,
Fechado permanece.
Impenetráveis pensamentos,
Inviolável os sentimentos.
Não cabe outro ser
No seu solitário viver.
Vida preservada,
Ele a si, se basta.
Vive isolado,
Com se nada importasse.
Sozinho segue,
Seu mundo não divide.
Assim se completa,
Na sua vida de mistério.
Que só ele conhece,
Sem qualquer companhia,
Fechado permanece.
Impenetráveis pensamentos,
Inviolável os sentimentos.
Não cabe outro ser
No seu solitário viver.
Vida preservada,
Ele a si, se basta.
Vive isolado,
Com se nada importasse.
Sozinho segue,
Seu mundo não divide.
Assim se completa,
Na sua vida de mistério.
sábado, 15 de março de 2014
VIDA EM POESIA
O que é o poema
Se não a alma do poeta,
Desenho em caligrafia,
Pela inspiração concebido,
Distribuído em versos
Que motivam sua lida.
Fazendo dos sentimentos
Poemas descritos,
De amor declarado,
Do poeta apaixonado
Pela poesia e a vida.
Se não a alma do poeta,
Desenho em caligrafia,
Pela inspiração concebido,
Distribuído em versos
Que motivam sua lida.
Fazendo dos sentimentos
Poemas descritos,
De amor declarado,
Do poeta apaixonado
Pela poesia e a vida.
quinta-feira, 13 de março de 2014
DIA DA POESIA
Castro Alves,
Um poeta dedicado.
Na luta, engajado,
Bravamente lutou,
Como se fosse um leão,
Para grande abolição.
Antônio Frederico
Nosso Castro Alves
Poeta dos escravos
Foi assim consagrado.
Conhecido e batizado
Pela causa que abraçou.
Pelo irmão negro aclamado
A quem tanto amou.
Dia 14 de março
Ficou em sua homenagem
Dia da poesia
Por seus feitos do passado.
Em 1847,
Nossa história ganhou.
Nasceu esse grande guerreiro
Que, com o tempo, provou
Que a escravidão é loucura
E contra isso lutou.
Quero, em poesias,
Poder agradecer
A todos os poetas
Que fazem da vida
Um novo amanhecer.
domingo, 9 de março de 2014
DISTANTE INFÂNCIA
Saudades de uma infância,
Lembranças vivas,
Guardadas, bem protegidas,
Tesouro de minha vida.
Sem nenhuma restrições,
Só criança ser,
Apreciar a natureza,
Feliz demais por viver.
Sem ter medo de nada,
Desconhecia a maldade,
Mesmo adolescente,
Era pura inocência.
Agora é mundo moderno,
O qual chamo de inferno,
Que prepara um futuro,
Bastante escuro.
Será que ainda é tempo?
Tempo de salvar,
E a infância voltar,
A novamente ser criança.
sexta-feira, 7 de março de 2014
DETALHES SÃO DETALHES
Detalhes são momentos
De sobras vividas,
Retalhos de lembranças.
Juntá-los não é possível.
Sentimentos maiores,
Marcaram e molharam,
Lencinho de algodão
Enxovalharam o coração.
Remendos desbotados,
Vidas superadas,
Remontes de histórias,
Pontilhados de detalhes.
De sobras vividas,
Retalhos de lembranças.
Juntá-los não é possível.
Sentimentos maiores,
Marcaram e molharam,
Lencinho de algodão
Enxovalharam o coração.
Remendos desbotados,
Vidas superadas,
Remontes de histórias,
Pontilhados de detalhes.
quarta-feira, 5 de março de 2014
CARNAVAL DE SAUDADES
O carnaval passou.
Restando só lembranças
Do carnaval de saudades,
Um carnaval verdade.
Carnaval de entregas,
De tabús quebrados,
De nudez da consciência,
Um carnaval sem aparência.
Mais um carnaval que se foi.
De fantasias rasgadas,
De confetes e serpentinas
E uma quarta de cinzas.
Mas um carnaval que passou.
Com Arlequim que levou a colombina.
Ficando só o Pierrot
Chorando na avenida
Vivendo o carnaval da vida.
Restando só lembranças
Do carnaval de saudades,
Um carnaval verdade.
Carnaval de entregas,
De tabús quebrados,
De nudez da consciência,
Um carnaval sem aparência.
Mais um carnaval que se foi.
De fantasias rasgadas,
De confetes e serpentinas
E uma quarta de cinzas.
Mas um carnaval que passou.
Com Arlequim que levou a colombina.
Ficando só o Pierrot
Chorando na avenida
Vivendo o carnaval da vida.
sábado, 1 de março de 2014
FELICIDADE
Felicidade é viver
Sem precisar se apressar;
É cantar a liberdade;
Felicidade é sonhar.
É caminhar nas manhãs;
Nas tardes, adormecer;
Despertar de noitinha
Com a lua toda sua.
Assim é a felicidade:
Não temer, mesmo que trema.
É mandar a tristeza andar;
Felicidade é cantar.
É deixar o tempo correr;
Na mesma direção,
Fazer dupla com ele;
Felicidade é emoção.
Felicidade é saber
Que o sereno é saliva,
Também o beijo molhado
Pela terra oferecida.
Felicidade é tocar o chão
Com seus próprios pés;
Do vento receber carícias
Que Deus manda lá do céu.
.
Felicidade é nascer
E viver essa felicidade.
Felicidade é viver.
Viver para a felicidade.
Sem precisar se apressar;
É cantar a liberdade;
Felicidade é sonhar.
É caminhar nas manhãs;
Nas tardes, adormecer;
Despertar de noitinha
Com a lua toda sua.
Assim é a felicidade:
Não temer, mesmo que trema.
É mandar a tristeza andar;
Felicidade é cantar.
É deixar o tempo correr;
Na mesma direção,
Fazer dupla com ele;
Felicidade é emoção.
Felicidade é saber
Que o sereno é saliva,
Também o beijo molhado
Pela terra oferecida.
Felicidade é tocar o chão
Com seus próprios pés;
Do vento receber carícias
Que Deus manda lá do céu.
.
Felicidade é nascer
E viver essa felicidade.
Felicidade é viver.
Viver para a felicidade.
FELIZ ROTINA
Quando é noite, já cansado,
Da labuta, fatigado.
Uma rede, na varanda,
Me aguarda chegar.
Mais um dia que se vai
E no ninho de regresso,
Logo por trás da serra,
A lua me aparece.
É noite já bem alta;
Fico o céu a contemplar;
Distraído, não percebo,
Não vejo a noite passar.
De repente, um clarão:
O sol volta a despertar.
Foi tão rápido, não percebi.
A noite passou e não vi.
Felicidade faz parte
Da rotina do meu viver.
Isso tudo me é suficiente.
Nada mais preciso ter.
Da labuta, fatigado.
Uma rede, na varanda,
Me aguarda chegar.
Mais um dia que se vai
E no ninho de regresso,
Logo por trás da serra,
A lua me aparece.
É noite já bem alta;
Fico o céu a contemplar;
Distraído, não percebo,
Não vejo a noite passar.
De repente, um clarão:
O sol volta a despertar.
Foi tão rápido, não percebi.
A noite passou e não vi.
Felicidade faz parte
Da rotina do meu viver.
Isso tudo me é suficiente.
Nada mais preciso ter.
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