terça-feira, 12 de novembro de 2013

LEMBRANÇAS DE CRIANÇAS


Desde o tempo de menino,
Numa casa pequenina
De sapê quase caindo,
Cresceram-se por lá.

No chão de barro batido,
Em um fogão de lenha estendido
Sem ter o que cozinhar,
Só tinha a esperança para se alimentar.

Conheceu desde criança
Todas as intemperanças
Que trazem nas lembranças,
Embora muito distantes.

Ouviram-se vozes do além,
Vultos de quem partiu
E não quis se passar.
Recebendo até recados
Dos que queriam ajudar

Folgo em saber.
Os meninos já crescidos,
Bem favorecidos,
Conseguiram se salvar.

A caminhada foi longa.
Orientados pela vida,
Não perdendo o valor,
O objetivo alcançou.

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