quarta-feira, 23 de outubro de 2013

DESENCANTAMENTO

Não importa!
Sei que as lágrimas não caem mais.
O sonho só serviu para instigar,
Fechar lacunas.
Nada mais.

Brechas, sons e turbilhões.
Dúvidas, medo  e enredo.
Assombro de vidas esquecidas.
Certezas que virão só o talvez.


Surpresas não surpreendem.
Tudo é previsível ser.
Absolutos absurdos
Claros de se ver.
        
Choro não se escuta.
O sorriso não é de verdade.
Amarguras logo se amontoam,
Rasgando o peito magoam.

Desencantado e à toa,
A vida muito caçoa.
Do coração, mesmo oprimido,
Não sai um gemido.

     

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