Quero que Deus mande chuva antes que tudo suma
Preciso molhar ligeiro meu pedacinho de chão
E que meu gado beba água em cochos grandes e fundos
Para que o sertanejo não perca a fé nas suas orações
Não tem agua para o gado
Que já está quase deitado
Morrendo desidratado
Vivendo ajoelhado, já bastante castigado
Não sei o que fazer com essa situação
Olho para todos os lados e não vejo solução
Até o peso do chocalho pesou no meu faminto gado
Então tive que vender, na verdade, que trocar
Por um pouquinho de palmas para gado não deitar
Meu Deus, me ensina a salvar essa pequena criação
Porque a plantação já se foi não teve salvação
Sobrando somente um gado magro para ser sacrificado
Que hoje vive arrastado por não ser alimentado
Desencantado de tudo, quando chega à noitinha
O gemido dos bichinhos não deixa ninguém descansar
Como uma música triste aos ouvidos, parece se despedindo
Manda chuva, meu Divino!
Porque esse sertanejo sofrido está quase desistindo.
domingo, 31 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
MISTÉRIOS DOS ESPELHOS
No espelho em frente a outro espelho vejo
Imagens nos espelhos repetidas vezes
Labirintos perdidos cheios de desejos
Nas imagens dos espelhos cheios de segredos
Sem remendos segue a vida refletindo
Imagens do que fomos e eternamente seremos
Do irreal mundo de espelhos que vivemos
Nos mistérios das imagens que para sempre seremos
O orvalho molhado que tudo desfaz
Apagam momentos somados ao tempo
Sobrando só imagens e nada mais
Desfazendo momentos com as gotas que caem
Assim feito gotas de orvalho que caem
Que mais parecem espelhos repetindo
Multiplicando ainda mais
Imagens de espelhos do que fizemos
Somadas às imagens do que seremos.
Imagens nos espelhos repetidas vezes
Labirintos perdidos cheios de desejos
Nas imagens dos espelhos cheios de segredos
Sem remendos segue a vida refletindo
Imagens do que fomos e eternamente seremos
Do irreal mundo de espelhos que vivemos
Nos mistérios das imagens que para sempre seremos
O orvalho molhado que tudo desfaz
Apagam momentos somados ao tempo
Sobrando só imagens e nada mais
Desfazendo momentos com as gotas que caem
Assim feito gotas de orvalho que caem
Que mais parecem espelhos repetindo
Multiplicando ainda mais
Imagens de espelhos do que fizemos
Somadas às imagens do que seremos.
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