sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

SILÊNCIO

É no silêncio que se responde com a maior sinceridade;
E no silêncio que se tem toda verdade;
E é no mesmo silêncio que se escondem segredos bem guardados;
E também é nesse silêncio que se grita mesmo estando calado.

No silêncio se mata e até salva;
Absolve e condena-se sem ninguém ter julgado;
É no silêncio que a alma tem a maior autoridade;
É no silêncio que se ama e odeia;
E também chora e consola.

É no silêncio que se esconde e escancara;
E é no silêncio que se rir das loucuras;
E no mesmo silêncio que se fica louca e insegura.
Porque o silêncio ama e odeia;
Ele é santo e perdoa;
Também carrasco e excuta,
Mesmo sem ter culpa.

O silêncio é a calma das criaturas;
O silêncio é verdadeiro e impuro;
Tem pensamentos bem obscuros;
E só ele é fiel e infiel;
Despe a alma;
Sem poder ser condenado ou absolvido.
O silencio é mesmo atrevido.

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