Ao meio a uma multidão estou eu
Movido por sentimentos não definidos
Um coração só e sem desejos
Na maior solidão entristecido
Um vazio que não cabe de tão grande
Dentro de um peito amargurado
Um destino solitário eu prevejo
Sem esperança sigo torturado
Cansado me entrego ao acaso
Em um desafio que não me consagra em nada
Deixando meu coração em pedaços
Me largando no mundo de descaso
Estou eu e a solidão que não me consola
Viajando para um lugar desconhecido
Nas estradas sem mesmo ter partido
Sem saber se chegarei a algum destino
Tudo em volta é solidão e noite escura
Apavorado não encontro nenhum abrigo
Ao meio a uma multidão despercebido
Desenganado caminho perdido.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
sábado, 9 de janeiro de 2016
TU ÉS ESPINHO E NÃO FLOR
Eu muito me enganei
Procurando em você
Uma flor do serrado
Muito estava enganado
Esperei uma flor
Não encontrando chorei
Só encontrei espinhos
Sem nenhum amor
Nessa esperança vivi
Acreditei me perdi
No que nunca existiu
Você só me iludiu
Flor de espinhos
De espinhos afiados
Para mim apontados
Estou decepcionado
Descobri afinal
Que és espinho e não flor
E nunca tiveste por mim amor
Você só me enganou.
Procurando em você
Uma flor do serrado
Muito estava enganado
Esperei uma flor
Não encontrando chorei
Só encontrei espinhos
Sem nenhum amor
Nessa esperança vivi
Acreditei me perdi
No que nunca existiu
Você só me iludiu
Flor de espinhos
De espinhos afiados
Para mim apontados
Estou decepcionado
Descobri afinal
Que és espinho e não flor
E nunca tiveste por mim amor
Você só me enganou.
domingo, 3 de janeiro de 2016
SOMBRIOS CAMINHOS
Tropecei em mim caindo no mundo
Só encontrei ladeiras que me empurravam ao fundo
Não encontrei a porta que apontasse a saída
Não conseguir chegar ao topo da vida
Hoje caminho dando voltas em círculos
Não entendi porque obtive o castigo
Sou um estrangeiro dentro de mim perdido
Um fugitivo nesse mundo desconhecido
Me encontro no canto que não posso sair
Me perco e não encontro qual lugar devo ir
Como um peregrino caminho sem destino
Sou clandestino que no poço sobrevive
Libertação eu busco e não sei
Se é ilusão ou poesia de vocês
Existir solução que resolva meus medos
Que me ensine a voltar
Sem nenhum pesadelo
Sou um fugitivo que procura alcançar
Um lugar nessa vida que possa descansar
Viver sem cobranças sem satisfações a dá
Nesse mundo onde todos parecem me desprezar
Caminhei muitas milhas e sozinho eu vi
A fome e a miséria a me perseguir
Muitas vezes busquei refúgio onde não quis
Me entreguei ao destino deixando ele agir
Me larguei pelo mundo parecendo não ver
Como se fosse surdo me espantei ao ouvir
Coisas tão absurdas que não vale a pena repetir
Fingindo de cego meu caminho prosseguir
Como se invisível caminhei muitas milhas
Em nenhum momento de mim me afastei
Sou fugitivo que nenhum crime cometi
Prisioneiro de um destino que eu mesmo escolhi.
Só encontrei ladeiras que me empurravam ao fundo
Não encontrei a porta que apontasse a saída
Não conseguir chegar ao topo da vida
Hoje caminho dando voltas em círculos
Não entendi porque obtive o castigo
Sou um estrangeiro dentro de mim perdido
Um fugitivo nesse mundo desconhecido
Me encontro no canto que não posso sair
Me perco e não encontro qual lugar devo ir
Como um peregrino caminho sem destino
Sou clandestino que no poço sobrevive
Libertação eu busco e não sei
Se é ilusão ou poesia de vocês
Existir solução que resolva meus medos
Que me ensine a voltar
Sem nenhum pesadelo
Sou um fugitivo que procura alcançar
Um lugar nessa vida que possa descansar
Viver sem cobranças sem satisfações a dá
Nesse mundo onde todos parecem me desprezar
Caminhei muitas milhas e sozinho eu vi
A fome e a miséria a me perseguir
Muitas vezes busquei refúgio onde não quis
Me entreguei ao destino deixando ele agir
Me larguei pelo mundo parecendo não ver
Como se fosse surdo me espantei ao ouvir
Coisas tão absurdas que não vale a pena repetir
Fingindo de cego meu caminho prosseguir
Como se invisível caminhei muitas milhas
Em nenhum momento de mim me afastei
Sou fugitivo que nenhum crime cometi
Prisioneiro de um destino que eu mesmo escolhi.
REALISMO SERTANEJO
Estive ontem no meu sertão querido.
Fiquei com o coração partido
De ver tanta esperança
Em um povo tão sofrido.
Eram muitas as terras que se perdiam de vista.
Nelas muita poeira na caatinga esquecida.
Um cenário de muitas pedras. Cada uma mais linda,
Realçadas pelo sol que deixava tudo quente,
Esquentando ainda mais a esperança dessa gente.
Fui ontem ao meu sertão;
Voltei com o coração na mão.
Tanta terra que podia a fome saciar
Dos nossos irmãozinhos que vivem lá a sonhar.
Com fartura e riquezas.
Com água e plantação que lhes dariam o pão.
Se os políticos olhassem para nossa região
Com amor no peito e não com olhar de cifrão.
Fiquei com o coração partido
De ver tanta esperança
Em um povo tão sofrido.
Eram muitas as terras que se perdiam de vista.
Nelas muita poeira na caatinga esquecida.
Um cenário de muitas pedras. Cada uma mais linda,
Realçadas pelo sol que deixava tudo quente,
Esquentando ainda mais a esperança dessa gente.
Fui ontem ao meu sertão;
Voltei com o coração na mão.
Tanta terra que podia a fome saciar
Dos nossos irmãozinhos que vivem lá a sonhar.
Com fartura e riquezas.
Com água e plantação que lhes dariam o pão.
Se os políticos olhassem para nossa região
Com amor no peito e não com olhar de cifrão.
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