domingo, 1 de junho de 2014

O ÚLTIMO POEMA

Vou desistir dos versos
E das poesias que escrevo.
Como a  última canção,
Essa é minha última publicação.

Já fiz poemas cantando.
Muitas vezes, sonhando.
Outras, com o coração sangrando.

Descrevi sentimentos,
Fazendo do triste o contente.
Sempre levando a vida
Com muito entendimento

Estou deixando de escrever.
Sim, pode ser covardia.
Mas, esta é a última poesia
Que quero expor a vocês.

Porque um sentimento pequeno
Não deixa que eu me estenda.
Eu resolvi parar
E não mais continuar.

Até hoje eu tenho
Algumas decepções
Por escrever emoções.

Mais o ciúme, maldito,
Chega e fere
E traz conflitos.
Eu desisto, eu desisto.

Vou encerrar meus escritos.
Não quero viver mais isto.
Rendo-me a seus caprichos.
Encerro aqui, muito triste,
Mais preciso fazer isto.

Assim como o último beijo,
Juntos aos meus poemas, deixo
Minha última poesia escrita
E um abraço amigo.
















REBELDIA

Previsões anunciadas,
Confusão e insegurança,
Momentos determinantes,
Angustia de um instante.

Loucura em evidência
Tumulto e consequências,
Atos desnecessários,
Definições de um revoltado..

Inconsciência e inocência,
Juntos se condenam
Mundo de insatisfeito,
Com conceitos imperfeitos.




A COLHEITA

Olhando o ontem de longe
Desfilando vi o passado
Na memória  abrigado
Plantado e registrado

Estranho de se ver
Era tudo diferente 
Nem tudo agradava
No desfile que passava

Pontilhado o caminho
Tinha flores e espinhos
Onde o grande  desafio
Era colher o plantio

Olhar o ontem distante
Foi difícil de entender
Colher do que um dia
Plantou para hoje colher

Amanhã é outro dia
Precisa-se semear
Para na próxima colheita
Só  flores possamos ajuntar



EU

Um ser complexo,
Sem nexo,
Contraria teorias,
Descobrindo-se todo dia.

Eu, uma vil criatura,
Não reconhece um irmão
Não conhece a humildade,
Só a vaidade.

Quem é esse eu?
Que mesquinho caminha,
Não busca o bom senso
Desconhece o vizinho,
E o vizinho é você.
Que cuida desse eu
Que não sabe viver.





O CRIADOR E CRIAÇÃO

Na formação da vida,
O Criador maravilho-se
Se antes, só seus pensamentos
Agora também toda existência.

Na formação do mundo,
O Criador se encantou.
Formou sua imagem, o homem
Decepcionou-se e chorou.

Na formação do tempo
O Criador determinou:
Que por ter chorado,
Tudo seria selecionado

Mundo formado.
Tempos contados.
Começo e fim,
Todos julgados.

Assim como no começo,
Nosso Criador prometeu
O recomeço de tudo.
Eternidade aos convertidos,
Que no céu serão bem vindos.




PASSANDO A LIMPO

Tudo a limpo foi passado.
Do que estava engavetado;
De todos os rabisco;
Dos momentos arquivados.

A borracha apagou
O que não teve valor.
Até as pendências
Não vividas totalmente.

Das sobras do que passou,
Só lembranças de emoções.
Das divididas da vida,
Do tempo que não se sobrepõe.

Sem borrões nas prateleiras;
Agora tudo arquivado;
Processos de vidas vividas;
Sem poeira do passado.







VIDAS SEM FRONTEIRAS

Um lindo céu azul
De um dia de amarelo ouro.
Na praia de maré cheia,
Tempestade de areia.

Vento e sol.
Vida como um girassol.
Do mar sopra uma brisa
Presente na vida.

Vidas sem fronteiras;
Vividas por  inteiro;
Sentimentos sem barreiras;
Um coração que passeia
Em outro coração, campeia.





SEM QUATRO CANTOS

Viver.
Guardar sentimentos;
Gerar movimentos;
Fazer circular.

Um sonho
Largado avisa
Não encontrou a saída
Gira sem parar

O mundo,
Sem os quatros cantos,
Marca encontros.
Mas não marca o lugar.

Sem encontrar os cantos;
Dando voltas e voltas,
Só faz girar,
Circulando sem parar.












RECHAÇO DO CORAÇÃO

Mais um dia de grande expectativa.
Pensamentos em conflitos;
Rechaço a inocentes;
Que pagam sem ter dívidas.

Desconfortos causados
Por impulsos.
Somente, ferindo maltrata
Enche a alma de sofrimentos.

Sem  fazer reflexão,
Pequeno em gratidão,
Coração de pedra,
Não conhece o perdão.