quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SETEMBRO E SUA MAGIA


Quando setembro chegar,
Com ele chegarão as flores,
Que perfumarão a vida,
Colorindo os amores.

A primavera vem junto,
Daquele mesmo jeitinho
Que você tanto conhece,
Com bastante carinho.
Cheio de amor guardando,
O coração derramando,
A paixão transbordando
Só para você, meu amado,
Ele estará reservado.

Quando setembro chegar,
Os amantes vão se amar;
O sol brilhará mais
Para a natureza fertilizar;
E, com grande emoção,
Numa verdadeira proeza,
Como num toque de magia
Orquestrada em poesia,
Os reinos da natureza
Se acasalam todo dia.

Sem se importar se é ave
Ou se é planta no jardim,
Se é homem ou mulher,
A festa é de primavera!
Todos vão se unir.

Sem regras a se cumprir,
O mando agora é
Deixar o amor acontecer,
Ver a vida florescer,
Não importa a que reino pertencer.

A natureza manda amar,
A ordem é multiplicar,
Assim, desta maneira,
Tudo fértil vai ficar.

Quando setembro vier,
Tudo serão flores.
Vem como magia
Perfumar todos os amores.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CHOQUE DE REALIDADE


Deparar-se com o seu eu;
Desconhecê-lo é normal.
Ninguém se conhece.
Isto é um fato real.

Saber se foi capaz;
Comprovar ser animal.
Atitudes intrigantes;
Ser irracional.

Corrigir sempre dá tempo;
“Quem é?” é o que fica pendente;
O mundo não alivia;
Acautelai-vos todo dia.

Certeza nunca terás
Das coisas que buscas.
E sempre receberás
O retorno do que se faz.

Não queira se omitir
Se grande for a missão.
Não fujas, pois não vai dar.
O destino vai te encontrar.

Estejas sempre atento.
A vida vai te cobrar.
Mas, por sorte, só pagarás
A cota que te couber
... E nada mais.

Tenha sempre um momento
Para a sua reflexão
Veja se ainda dá tempo
De fazer uma boa ação.
Com isso deixarás um legado
E por ele serás lembrado

Se num momento qualquer
Se deparar com você
E neste exato momento
Vier a se perceber
Se apresente a si mesmo
Faça uma grande amizade
De você com o seu eu
Então serás feliz
Até a eternidade

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ÉRAMOS SEIS


Hoje tem sol, depois de muita chuva.
Só não tem sol em mim.
Estou numa dor profunda.
Mais um ano sem você.
Sem seu cheiro.
Mais um ano de completo desespero.

SEI. ÉRAMOS SEIS!
Não dá mais para sonhar.
Subtraíram você de mim.
Deixando-me triste assim.

Quando conto, fico calada.
Embora chocada, fico a observar.
Volto a contar,
Não dá mais para somar.

Subtração é a razão.
Agora são cinco, eu sei.
E seis jamais serão.

Seu retrato na parede;
Sua lembrança no meu coração;
Olho querendo entender;
Pensamento acelerado;
O corpo começa a tremer;
O peito sufocado
De saudade que faz doer.

As lágrimas correm mansinhas
Como carícias que um dia
Eu recebi de você.

Tantos dias já se passaram;
Tantas tristezas eu guardei;
Ainda não me acostumei.

Talvez um dia vá passar!
E, com carinho, vá sentir
Uma suave lembrança
Dessa grande saudade
Que não me deixa esquecer
Que se chama você.

SEI, ÉRAMOS SEIS!
Cinco agora são.
Seis jamais serão.
Este é o resultado
Que não quero aceitar.
A Deus peço perdão.

sábado, 4 de agosto de 2012

DESENROLANDO O PERGAMINHO


Há um enigma a se decifrar;
Um pergaminho a se desenrolar.
Busco respostas.
Quero encontrar.
Não sei onde vou buscar.

O passado fazendo parte;
O presente se escondendo;
O futuro se oferecendo.
Um labirinto nos envolvendo
E, como quebra-cabeça, acontecendo.

O destino, aos poucos,
Desenrola devagar.
Esclarecendo lentamente
Como deve ficar.

A vida, mestra perfeita,
No pergaminho preparou.
Não afastou do caminho,
Apenas o desviou,
Livrando da armadilha,
Mostrando a saída
Que do labirinto encontrou.

Agora, esclarecido,
Completamente entendido,
Não quero! Nem que precise...
De volta vou lhe jogar
De novo em seu lugar.

Desenrolei o pergaminho.
O enigma então já desvendei:
É para esquecer você.
Agora de uma vez!

E o melhor de tudo isto
É que, desta vez, para sempre,
O pergaminho eu enrolei.